Em um verdadeiro exemplo de profissionalismo e dedicação, Jorge Ricardo recuperou a posição de número um do mundo, isolado, fato que não acontecia desde 2009.
Ontem, Ricardo emplacou mais três vitórias no Hipódromo de Palermo, na Argentina, chegando a 11.604 conquistas, oito a mais que o canadense Russel Baze, seu rival pela liderança mundial.
Abaixo um pequeno bate-papo com a “Máquina de Vitórias”:
Após tanta luta, qual a sensação de voltar à liderança mundial?
JR: Melhor Impossível. Passei muito tempo logrando meu objetivo, que era conquistar o recorde mundial mais uma vez. Já tive a chance de ter alcançado a liderança uma vez, mas, como todos sabem, com minha queda em São Paulo e com os problemas de saúde que tive, acabei sendo ultrapassado pelo Baze. Mas, graças as Deus, com perseverança e muito trabalho, consegui descontar quase 200 vitórias nesses últimos dois anos. Não foi nada fácil, o Russel Baze tem o seu valor. Por mais que ele monte em um hipódromo pequeno, ele ganha muito. Voltando a pergunta, estou com uma sensação de dever cumprido.
E agora? Qual é o próximo objetivo?
JR: Chega né?! Não tenho mais idade para isso (risos). Agora o que eu quero é seguir montando, seguir ganhando e obter o maior numero de conquistas possíveis.
E quando voltaremos a vê-lo nas pistas do Jockey Club Brasileiro?
JR: Tenho um compromisso com o Plenty Of Kicks, no GP Dezesseis de Julho (G2), que será disputado no dia 8 de julho. Também recebi o convite para montar uma potranca do Haras Santa Ana do Rio Grande, Jet Queen, no GP Adayr Eiras de Araújo (G2). Espero que dê tudo certo e que, depois dessas preparatórias, volte para montar no GP Brasil (G1).
Alguma mensagem para todos aqueles que torceram por você nessa “corrida pela liderança mundial”?
JR: Só tenho a agradecer. Recebi muito apoio, de amigos, dos meus familiares, da minha mãe, do meu pai, que mesmo do céu sei que está olhando por mim. As palavras de apoio, as mensagens, todo esse carinho que eu recebi e ainda recebo contribuíram e me deram força para alcançar esse objetivo.
Por Celson Afonso – Fotos: João Cotta