Melhor arenático do país, Apolo Dez tinha a missão de levar para casa o troféu do Grande Prêmio Delegações Turfísticas – APPS (G3). E, mostrando a valentia de um grande campeão, Apolo Dez não decepcionou. O castanho fez jus ao enorme favoritismo da pedra de apostas, vencendo de forma belíssima a carreira que marca o congraçamento de todo público turfista que vem de diversas partes do Brasil para assistir a semana magna do turfe nacional. O páreo, atração maior da jornada de sexta-feira, 21 de junho, no Hipódromo da Gávea, foi o primeiro nobre do Festival e realizado em 1.900 metros, areia macia.
Partida excelente para os sete competidores – Ragnar Lodbrok (Coudelaria Atafona) não correu. Uma Vez Flamengo e Apolo Dez saíram brigando pelo primeiro posto. Jackson Pollock, Fervoroso, Impiedoso, Lafite, Winstar Farm vinham a seguir. Apolo Dez acompanhava com sobras o train movido por Uma Vez Flamengo. Fervoroso e Jackson Pollock tentavam não deixar os dois da frente abrir muita vantagem. Impiedoso, Winstar Farm e Lafite ficavam um pouco mais atrás.
Na hora da decisão, logo, Apolo Dez tomou conta do páreo, sempre com seu jóquei aparentando estar muito tranquilo. Uma Vez Flamengo diminuiu seu ímpeto, mas não esmoreceu por completo. Jackson Pollock, cavalo valente e múltiplo G1 winner – ganhador que é do GP Jockey Club Brasileiro e da Copa ABCPCC Clássica – Matias Machline -, surgiu com ótima ação e no rigor de Leandro Henrique com disposição para desbancar o preferido do púbhlico apostador. Em vão. Cavalo de garra e um coração de campeão, Apolo Dez, na tocada de Wilkley Xavier, que o conhece perfeitamente, resistiu bravamente e cruzou o espelho com meio corpo à frente do poderoso rival, que formou a dupla em destacada performance. Uma Vez Flamengo, que ameaçou voltar por dentro, durante toda reta, finalizou em terceiro. Lafite e Fervoroso completaram o marcador.
Mantido em forma soberba no CT Dedo de Deus, pelo craque Julio Cezar Sampaio, Apolo Dez é um 3 anos, filho de Holding Glory e Pleine Lune, por Crimson Tide, criado por Ulisses Lignon Carneiro e defensor das sedas do Stud São Francisco da Serra, de Sir Tony Ribeiro Pinto – não por nada o responsável pela importação do avô materno de Apolo Dez, seu inesquecível Crimson Tide. Na sua sexta vitória, sendo esta a terceira nobre, as outras duas nos GPs Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Professor Nova Monteiro, ambos de G3, Apolo Dez congelou os cronômetros em 1min57s91.
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por Fernando Lopes – fotos: Sylvio Rondinelli