Os diuréticos são medicamentos que atuam no rim, auxiliando a liberação de água e eletrólitos. Isso faz com que diminua a quantidade de líquido presente nos vasos sanguíneos, o que reduz a pressão nas paredes das artérias.
Existem três tipos de diuréticos. Cada um deles funciona de forma diferente, mas todos exercem a mesma função no corpo.Dentre eles, a mais famosa é a furosemida, mais conhecida como Lasix.
Furosemida (Lasix)
É o diurético mais potente que atua inibindo a reabsorção de sódio e água nos rins, reduzindo o volume de líquidos no corpo e baixando a pressão arterial.
A furosemida é indicada em doenças como insuficiência cardíaca, cirrose e doença renal, justamente por serem doenças que possuem, como característica, a retenção de sódio e de líquido. Auxilia, também, no tratamento da hipertensão arterial.
Seu mecanismo de ação é a retirada do excesso de líquido do organismo (efeito diurético). Porém, ela não deve ser tomada indiscriminadamente, muito menos sem receita médica, pois pode ser perigoso para a saúde.
A ação diurética da furosemida pode ser tão forte que pode levar ou contribuir para a redução do volume sanguíneo e a desidratação.
A ausência do volume sanguíneo pode advir da perda de líquidos e eletrólitos, através da diminuição significativa de líquidos gastrintestinais (diarreia, vômito) e perdas renais (aumento no volume normal de urina excretada).
A furosemida não atua na gordura acumulada, então, por mais que o indivíduo perca medidas, isso se deve ao fato de perder líquidos e não gordura.
A furosemida está incluída na lista de substâncias proibidas da Agência Mundial Antidoping, já que pode mascarar outros agentes considerados doping. A Furosemida também pode ser utilizada indevidamente em esportes, particularmente onde há divisão de categorias de peso, para a perda do mesmo.
A Furosemida também é bastante usada em fórmulas para emagrecer, em combinação com outras substâncias inibidoras de apetite, para funcionamento do intestino, tranquilizantes e antidepressivos.
Eletrólitos, o que são?
Atuam como a condução de impulsos nervosos, contração e relaxamento muscular, transporte de oxigênio, regulação do ritmo cardíaco e produção de energia.
Como exemplos, temos: sódio, potássio, magnésio, fósforo, cálcio e cloreto.
Os sinais de distúrbios eletrolíticos incluem: excessiva sensação de sede, dor de cabeça, confusão, dores musculares, fraqueza dos músculos, distúrbios do ritmo cardíaco e sintomas gastrintestinais.
Importância da hidratação na prática de atividade física
Uma hidratação inadequada está associada à diminuição do desempenho das atividades físicas e esportivas e, também, do aumento no risco de distúrbios fisiológicos.
As bebidas esportivas são produtos formulados a partir de uma quantidade variada de sais minerais (sódio, cloreto, potássio) e de carboidratos (frutose, glicose, sacarose), com o objetivo de repor os líquidos e sais minerais perdidos na atividade física. Podem conter, ainda, vitaminas e outros sais minerais.
Importantes sais minerais:
SÓDIO: É o principal eletrólito no LEC (líquido extracelular). Possui função especial na manutenção do volume circulante e da circulação. É essencial para a absorção da glicose e para o transporte de várias substâncias pelo intestino. Não é produzido pelo organismo, é adquirido através dos alimentos e sua ingestão é variada (Oliveira & Marchini, 2000). Quando o esforço for prolongado (mais de 4 horas de duração), como em competições intermitentes, é sugerido consumir, a cada 15 minutos, uma quantia em volta de 150 ml de bebida esportiva, contendo 0,5 a 0,7g de sódio / litro para repor as necessidades orgânicas (Kleiner & Robinson, 2002);
POTÁSSIO: É o principal eletrólito no LIC (líquido intracelular). É responsável por várias reações orgânicas: transporte de O2, facilitação da conversão da glicose em glicogênio pelo fígado, auxílio na contração muscular, regulação da pressão arterial e do equilíbrio hídrico, dentre outras (Kleiner & Robinson, 2002 e Oliveira & Marchini, 2000). Também não é produzido no organismo e deve ser adquirido através de alimentos ricos em potássio (principalmente as frutas). Aproximadamente 1.600 a 2.000mg/dia é o recomendado (Kleiner & Robinson, 2002);
CLORETO: É controlado metabolicamente como o sódio e sua regulação depende da função renal. É predominante no compartimento extracelular, mas pode difundir-se rapidamente entre os compartimentos intra e extracelular, contribuindo na regulação da pressão osmótica corporal (pressão exercida na água, forçando-a a atravessar a membrana celular), no transporte de gases e na regulação ácido-básica. O cloreto de sódio (sal de cozinha) é a única fonte de cloreto sanguíneo, pois o componente é obtido através do cloreto ou bicarbonato de sódio, explicando o por que da menor concentração de cloreto em relação à de sódio (Oliveira & Marchini, 2000).
Efeitos colaterais dos diuréticos
São eles: Náuseas; vômitos; queda da pressão arterial, principalmente ao se levantar; taquicardia ou arritmia; sede; xerostomia; câimbras; fadiga muscular; sonolência; fraqueza e letargia; tontura; agitação; sensibilidade à luz; habilidade de concentração e reação.
Referências