Nascido em 1955, criado pelo Haras Guanabara e de propriedade do Stud Seabra, Escorial era um filho de Orsenigo e Escoa, por British Empire e atuou por três temporadas nas pistas.
Em sua estreia, no Hipódromo de Cidade Jardim, venceu uma carreira destinada a produtos inéditos, o Prêmio Raphael de Barros Filho. Na Gávea, em 1959, venceu os GGPPs Outono, Cruzeiro do Sul e Distrito Federal, tornando-se o quinto Tríplice Coroado do turfe carioca. Ainda em 59, finalizou em terceiro no GP São Paulo, para Atlas e Gaudeamus e levantou o GP Carlos Pellegrini, em San Isidro, na distância dos 3.000 metros, derrotando o também brasileiro Narvik, na primeira grande vitória internacional da criação brasileira.
No ano seguinte, conquistou os 2.400 metros o GP Internacional 25 de Mayo, também em San Isidro, superando o igualmente nacional Farwell e a segunda colocação no GP Brasil vencido pelo citado Farwell (na foto ao lado).
Após encerrar a sua campanha, em 1960 foi exportado para França, servindo como reprodutor até o início dos anos 70, quando foi trazido de volta para o Brasil e para o haras de seu nascimento e criação.
Em 23 saídas, Escorial obteve 11 vitórias, entre os 1.000 e 3.200 metros, cinco segundos e quatro terceiros, correndo sempre contra os melhores animais do turfe sulamericano. Tornando-se, sem dúvida, um dos maiores nomes da história do nosso turfe.
Neste próximo domingo, 02 de junho, o Jockey Club Brasileiro homenageia mais uma vez o craque Escorial com uma prova clássica, reunindo produtos de 3 anos e mais idade, na distância de 2.400 metros, na pista de grama. Onze competidores estão inscritos: Tanto Luxo (Stud São Francisco da Serra); Energia Elite (Haras Estrela Energia); Dubone (Stud Baião); Bat Hawk (Stud Rio Dois Irmãos); Sending Kisses (Stud São Francisco da Serra); Viento Del Sur (Stud Azul e Branco), e Neighborhoods (Sinval Domingues de Araujo).
Por Celson Afonso – Fotos: Arquivo JCB e Gerson Martins