Neste sábado, 16 de março, será disputado no Hipodromo Chile, em Santiago, a XXIV edição do Gran Premio Associacion Latinoamericana de Jockeys Clubs.
Na edição deste ano serão 16 competidores, entre eles três brasileiros: Stockholder (Dancer Man e Sweet Biscuit, por Effeverscing), criado pelo Haras São José da Serra e de propriedade da Coudelaria Barcelona; Energia Eros (foto) (Point Given e Super Electric, por Choctaw Ridge), do Haras Estrela Energia; e Beduino do Brasil (Impression e Delinquent Bird, por Vuarnet), do Haras São José dos Pinhais. Os dois primeiros representam o Jockey Club Brasileiro, enquanto Beduino do Brasil é o representante do Jockey Club de São Paulo.
Para ver a corrida ao vivo, que será realizada às 19h07 no horário de Brasília, clique aqui – http://www.hipodromo.cl/tuhipodromo/index.php/programa-de-carreras.html
Abaixo, conheça os 16 concorrentes e veja os brasileiros que venceram a carreira internacional:
Em suas 28 edições (não foi realizado nos anos 2000, 2001, 2002 e 2003) domínio dos brasileiros, com nove triunfos. Como detalhe, o recordista mundial de vitórias, Jorge Ricardo, também detém o maior número de êxitos na prova, tendo vencido-a em cinco oportunidades (Falcon Jet 91, Much Better 94 e 96, Jinwaki 98 e Good Report em 2007) Nos primeiros três anos, domínio para os “3 Ds”, uma vez que em 1981, no Hipodromo de Maroñas, o craque Dark Brown (Tumble Lark e Nogueira, por Gay Garland), criação e propriedade do Haras Rosa do Sul, derby-winner na Gávea e em Cidade Jardim e vencedor do GP São Paulo (G1) de 1980, do Haras Rosa do Sul foi o vencedor. No ano seguinte, em 82, foi a vez do sensacional Duplex (foto) (Breeder’s Dream e Dulcine, por Coaraze), criação do Haras Guanabara e propriedade do Stud Jupiá manter sua invencibilidade em pistas sulamericanas – em abril de 81, no Hipodromo de Palermo, venceu o GP Organización Sudamericana de Fomento Del Puro Sangre de Carrera (G1), na areia, em 1.600m; depois em agosto conquistou no Hipodromo de Monterrico, o GP Jockey Club Del Perú (G1), também na raia de areia; no Uruguai, no início de 82, foi o melhor no Gran Prêmio José Pedro Ramirez (G1), maior prova do país, em 2.400 metros, areia; e fechou a “quadrifeta” vencendo na grama, San Isidro, o Latino, mostrando ser um cavalo fenomenal e que não escolhia pista para mostrar seu classicismo.
Em 83, no Hipódromo de Cidade Jardim, vitória para o terceiro “D”, o ganhador da milha internacional, GP Presidente da República (G1) em 82, o alazão Derek (Kublai Khan e Epinette, por Blackamoor), do Haras São José & Expedictus. (veja o vídeo ao lado). Em 85, na Gávea, o tordilho Tríplice Coroado, Old Master (Sabinus e Ice Queen, por Bonnard), do Haras Santa Maria de Araras sagrou-se vencedor. Seis anos se passaram para que em 91, o múltiplo ganhador clássico (GGPPs ABCCC, Linneo de Paula Machado, Estado do Rio de Janeiro, ANPC Clássica e Brasil, todos de G1) Falcon Jet (Ghadeer e Victress, por Hornbeam), do Haras Santa Ana do Rio Grande vencesse o Latino em Cidade Jardim.
Em 1994 e 1996, o fantástico Much Better (foto) (Baynoun e Charming Doll, por Brac), criação do Haras J.B. Barros e propriedade do STUD TNT, o primeiro cavalo brasileiro a atuar no fundamental Prix l’Arc de Triomphe (G1), em Longchamp, na França, conquistou o bicampeonato da prova, sendo que o primeiro realizou-se em La Plata, na pista de areia, e o segundo na grama da Gávea, mostrando toda a versatilidade desse supercampeão das pistas. No ano de 98, o ganhador do GP Brasil (G1) de 1997, Jimwaki (Gem Master e Winwaki, por Miswaki), com Ricardo em seu dorso, trouxe de San Isidro mais um Latino para o Brasil. Fechando a lista dos ganhadores nacionais, o tordilho Hot Six (Burooj e Baby Six, por With Approval), do Stud Estrela Energia, com Jorge Leme em seu dorso, atropelou com disposição em Cidade Jardim para conquistar o nono e último Latinoamericano do turfe nacional.
por Fernando Lopes – fotos: Gerson Martins, Internet & Divulgação Hipodromo Chile