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Quem sobe e quem desce nos pedigrees

No dia 21 de novembro de 2012, sob os auspícios da revista Courses & Elevage e o site da agência Arqana, realizou-se, na França, a segunda edição do “Simposium DNA Pedigrees”, que contou com a presença de grande número de representantes de criadores e proprietários do continente europeu.

Como se sabe, o estudo da genética do cavalo de corridas tem evoluído de forma extremamente rápida neste início do século XXI, graças à descoberta da seqüência da molécula do DNA que contém as chamadas “instruções genéticas” do desenvolvimento e funcionamento de todos os organismos vivos, inclusive de vários vírus.

Assim, a genética equina, agora com o auxílio dos instrumentos da moderna tecnologia da informação, começa a ser reinterpretada, e tende, doravante, a influenciar, não só as escolhas de cruzamentos, como também o perfil geral da indústria do puro sangue de corrida no mundo.

Algumas conclusões

1) Na leitura do pedigree de qualquer cavalo, nada supera a importância de seus dois primeiros ascendentes. Os ancestrais que figuram no referido pedigree, estão lá apenas para indicar que traços dominantes do pai e da mãe são suscetíveis de serem transmitidos ao produto.

Como o cavalo possui 32 pares de cromossomos, a primeira conclusão é que seus ancestrais situados na sexta geração, em número de 64, não transmitirão em média ao produto senão um par. Por outras palavras, vários desses ascendentes figuram apenas no papel, mas não participam do genoma do indivíduo em questão.

2) No que respeita às grandes linhas masculinas de nossos dias, os estudos do Simpósio se basearam sobre o resultado de 2.456 provas clássicas em todo o mundo, a partir de 2001. De saída, cumpre mencionar 96,7% dos ganhadores de Grupo I nesse período descendem diretamente de um único e só cavalo, o legendário alazão Eclipse.

Com o tal, a importância das 43 famílias maternas do puro sangue e a manutenção do “fator velocidade” – um  pressuposto fundamental da existência da raça –, depende  da correta combinação entre as inúmeras linhagens masculinas e o “o pool genético” das mães. Em uma tentativa corajosa de simplificação, a velocidade no cavalo de corrida está ligada essencialmente à qualidade de suas linhas maternas.

3) E o que aconteceu com as grandes dinastias masculinas nos últimos 25 anos? Do ponto de vista estatístico, a resposta é simples: se Northern Dancer e Mr Prospector se mantêm estáveis em termos de sucesso nas pistas, é possível concluir que novas e jovens linhas masculinas vêm apresentando um notável crescimento, como sejam as de A.P.Indy (1989, Seattle Slew e Weekend Surprise, por Secretariat), Green Desert (1983, Danzig e Foreign Coutier, por Sir Ivor), Danehill (foto) (1986, Danzig e Razyana, por His Majesty), Gone West (1984, Mr Prospector e Secretamme, por Secretariat), e Forty Niner (1985, por Mr Prospector e File, por Tom Rolfe).

Em contrapartida, as linhas de Damascus, Hyperion, Saint Simon e Raise A Native (com exceção da vertente Mr Prospector) estão em pleno declínio.

da Redação – foto: Internet

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