No domingo, 1º de setembro, em outra oportunidade, o Jockey Club Brasileiro homenageará o fabuloso jóquei Luiz Rigoni, o eterno e lendário Homem do Violino.
A prova, que faz parte do calendário carioca desde 2009. O Clássico, em 1.500 metros, na pista de grama, recebeu sete inscrições: Companheiro Leal (Stud Eternamente Rio); Olympic North (Stud H&R); Moroccan (Haras Sweet Carol); Lake A Trojan (Stud Derby Sobralense); Santos Dumont (Haras Princesa do Sul); Ato Máximo (Stud Versiani) e Air Ball (Stud Sublime).
Paranaense, Luiz Rigoni começou sua carreira em Curitiba, mas aos 17 anos mudou-se para o Rio de Janeiro e o Hipódromo da Gávea teve o prazer de ver nascer uma lenda em suas raias. Desde a primeira vitória, no dorso de Que Lindo, Rigoni conquistou uma legião de fãs, que aos brados de “Dá-lhe Rigoni! Dá-lhe Rigoni” viram o freio abrir espaço no meio de jóqueis fantásticos como Juan Marchant, Francisco “Pancho” Irigoyen, Oswaldo Ulloa, entre outros.
Rigoni venceu o GP Brasil em três oportunidades: El Aragones (Ramazon e Ei-Chu, por Sparus), em 1954, Viziane (Coaraze e Passion, por My Love), em 1970, e com o argentino Terminal (Maniatico e Porta de Randall, por Avro), em 1971. O GP São Paulo, foi conquistado duas vezes pelo “Homem do Violino”, em 1948, com a fantástica Garbosa Bruleur (Tintoreto e Lolita, por Ksar), derrotando o até então invicto Helíaco, e no ano seguinte, no dorso do irlandês Saravan (Legend Of France e May Wong, por Rustom Pasha), de propriedade da família Peixoto de Castro.
Com mais de 1800 vitórias em seu curriculum, somente na Gávea foram 1367, e chamado de o Homem do Violino pelo seu modo de passar o chicote por entre as orelhas do cavalo, Rigoni é tido por muitos como o maior jóquei brasileiro de todos os tempos, independentemente de regime, sendo o dele o de freio, infelizmente extinto. Luiz Rigoni venceu sete estatísticas no Rio de Janeiro e montou também em Cidade Jardim onde, inclusive, em todo o período final de sua carreira, atuando como piloto oficial das cores preto e verde em listras verticais, do Stud Seabra quando teve a oportunidade de montar a craque Embuche (Le Haar e Emoción, por Orsenigo), com quem venceu o Oaks paulista (GP Diana), o São Paulo das éguas (GP OSAF), o Brasil das éguas (então o GP Marciano de Aguiar Moreira), o Vermeille paulista (GP José Guatemozin Nogueira) e o St. Leger carioca (GP Jopcjey Club Brasileiro).
Um mito e dono de um enorme fã clube (como mostra a foto acima), Rigoni teve um curta-metragem feito em sua homenagem “Dá-lhe Rigoni”, do ano de 1980, dirigido por Paulo Sérgio de Almeida, participou de alguns filmes e da novela Roque Santeiro, na qual, envergando a farda do Haras Santa Maria de Araras, convidado que foi pelo personagem de Lima Duarte (Sinhozinho Malta) para montar um cavalo de sua propriedade, num desafio dos sexos, contra uma égua da personagem de Regina Duarte (a Viúva Porcina).
Luiz Rigoni foi um dos mais importantes personagens que ajudou a construir e solidificar a história do nosso turfe com seu talento único para montar um puro sangue inglês. O Homem do Violino faleceu em 03 de agosto de 2006, aos 80 anos, na capital paulista, vítima de uma pneumonia.
por Fernando Lopes com Assessoria da Gerência de Turfe – foto: Internet