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GP Brasil tem campo seleto e equilibrado

No domingo, 27 de setembro, o Hipódromo da Gávea, pela 88ª vez, será palco da maior prova do turfe nacional, o Grande Prêmio Brasil (G1), em 2.400 metros, pista de grama.

Nove concorrentes estão anotados para a icônica carreira, sendo quatro deles ganhadores de G1 – Abu Dhabi (GP Cruzeiro do Sul – Derby); George Washington (GP Brasil); Hard Boiled (GP Linneo de Paula Machado); e Pimper’s Paradise (Copa ABCPCC Clássica – Taça Matias Machline).

Três dos proprietários com animais inscritos já possuem em suas estantes a desejada taça do Brasil: o Stud Happy Again tenta o bicampeonato com seu George Washington; o Haras do Morro levantou a versão 2018 da carreira com Quarteto de Cordas; e o Haras Doce Vale venceu em 2016 através de My Cherie Amour.

Carlos Lavor – Troyanos (1989); Villach King (1991 e 1993); Jorge Ricardo – Falcon Jet (1992) e Much Better (1994); Henderson Fernandes – Belo Acteon (2011); e Marcelo Gonçalves – George Washington (2019), experimentaram o gosto de passar na frente de um GP Brasil.

Venâncio NahidFlying Finn (1990), Velodrome (2005), Jeune-Turc (2009), Barolo (2015), My Chérie Amour (2016); Dulcino GuignoniStraight Flush (2000); Queen Desejada (2001); Potri Road (2002); Belo Acteon (2011); e Bal A Bali (2014); Luiz Esteves, atual tricampeão, em busca do inédito tetra consecutivo: Voador Magee (2017); Quarteto de Cordas (2018); e George Washington (2019); e Roberto SolanésMoryba (2010) já conhecem a emoção de levantar a prova magna do turfe brasileiro.

Entre os criadores dos concorrentes da disputa em 2020, quatro já levantaram o Brasil: Haras Santa Maria de Araras Troyanos (1989); Villach King (1991 e 1993); Aerosol (2013); e Bal A Bali (2014); Stud TNTMuch Better (1994); e George Washington (2019); Haras do Morro – que recriou Quarteto de Cordas (2018); Haras AndersonLord Marcos (2003); e Haras Doce ValeMy Cherie Amour (2016).

Veja um pouco mais sobre os animais anotados:

Pimper’s Paradise (Haras Doce Vale) foi um dos que “se perderam” no train sem ritmo do GP João Borges Filho (G2), em 08 de agosto e, mesmo assim, finalizou em terceiro, a paleta do ganhador Olympic Impact. O animal preparado por Venâncio Nahid no CT Vale do Itajara terá Alexandre Correia, que o conduziu na conquista do GP Almirante Tamandaré (G2), no final de 2019, no comando das rédeas. Um dos favoritos.

Hard Boiled (Stud Monte Parnaso/ Quintella) estava fora das pistas desde 1º de dezembro de 2019 e reapareceu com vitória firme na turma, em junho. Depois, no final de agosto, na milha e meia do GP Antônio Joaquim Peixoto de Castro Jr. (G2),  dominou a carreira cedo e não conseguiu conter o ímpeto de Olympic Impact, finalizando em ótimo segundo. Mais aguerrido nos 2.400 metros, o castanho, treinado por Roberto Solanés, no CT Verde e Preto, terá a direção de Carlos Lavor. Nome fortíssimo.

Olympic Impact (Stud Habeas Corpus) venceu as duas últimas preparatórias, os já citados GGPP João Borges Filho (G2) e Antônio Joaquim Peixoto de Castro Jr. (G2) e está em franca evolução. Carta forte de Luiz Esteves para o tetra. Henderson Fernandes, em fase espetacular na profissão, montará um dos dois animais criados pelo Haras Regina anotados no Brasil 2020 – Olympic Ipswich é o outro.

George Washington (Stud Happy Again) ganhou o 1º trial do Brasil, o GP Doutor Frontin (G2), em julho, e foi quinto no “João Borges Filho”, quando teve de se apresentar cedo demais e acabou não rendendo o esperado. O cavalo treinado por Luiz Esteves terá Marcelo Gonçalves, que o conhece como ninguém, como seu piloto. O filho de Redattore vem forte em busca do bicampeonato.

Abu-Dhabi (Haras das Estrelas) o Derby-winner 2020 do turfe carioca é preparado no Vale da Boa Esperança por Ronaldo Marins Lima e voltará à direção de Valdinei Gil, seu jóquei na mais importante conquista de sua campanha. Secundou George Washington no “Doutor Frontin” (filme acima). No “João Borges Filho” seu piloto tentou a cartada de assumir a ponta na reta oposta e o cavalo da linda farda prateada acabou esmorecendo na hora da verdade, finalizando fora do marcador (6º). Vai em busca da reabilitação e não será surpresa seu número em primeiro no placar eletrônico.

Galaxy Runner (Haras Sweet Carol) animal dos mais fiéis, possui três vitórias e nove colocações, em 15 saídas. Após o retorno das corridas ao Hipódromo da Gávea, correu pouco em suas duas primeiras apresentações. No “João Borges Filho” voltou a mostrar seu excelente padrão e finalizou segundo a cabeça de Olympic Impact. Preparado em Friburgo pelo ótimo Adelcio Menegolo e com Acedenir Gulart como seu jóquei, o cavalo de Carol Stabile é um concorrente de vulto na competição.

He’s Gold (Stud Pedudu) é menos vitorioso do páreo – correu seis para vencer uma e colocar-se nas restantes, sempre correndo dos 2.000 aos 2.400 -, porém esbanja regularidade. Segundo no Derby, quarto no “João Borges Filho” e quinto no “Antonio Joaquim Peixoto de Castro Jr.”, o credenciam a ser um dos postulantes à glória do GP Brasil 2020. A dupla Ronaldo Marins Lima e Leandro Henrique está acostumada a grandes vitórias em parceria e o domingo pode marcar mais uma, sem dúvida.

Olympic Ipswich (Haras do Morro) é montaria do recordista mundial Jorge Ricardo, pode ser o ligeiro do páreo e surpreender os rivais. Luiz Esteves tem muita confiança no cavalo de Sinval Domingues de Araújo, sexto colocado no “Antonio Joaquim”.

Mondragon (Haras Figueira do Lago) reapareceu de quase sete meses e decepcionou no “Antonio Joaquim”. Cavalo tido em alta conta desde seu início de campanha, não lhe falta categoria para se recuperar e confirmar uma regra implícita dos turfistas – a de que nunca se deve duvidar de um animal inscrito por Dulcino Guignoni. Bruno Queiroz montará o filho de Setembro Chove, de propriedade do casal Alvaro e Barbara Magalhães.

Por Fernando Lopes – fotos: Sylvio Rondinelli

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