Neste domingo, 22 de dezembro, o Jockey Club Brasileiro homenageará o único ganhador do GP Brasil (G1) nascido e criado no Estado do Rio de Janeiro, em Teresópolis. Um craque, na plena acepção da palavra, Daião venceu o Brasil do ano de 1977, num campo fortíssimo e em belíssima atropelada. Isso completou 35 anos em agosto último.
Don Quixote (Zenabre), da Fazenda e Haras Castelo foi o seu runner-up afastado, Mogambo (Ujier), do Haras Santa Ana do Rio Grande, ganhador do GP São Paulo (G1) do mesmo ano, igualmente campeão do Gran Premio Municipal (G1), em Maroñas foi o terceiro, com Tibetano (Fort Napoleon), dos Haras São José e Expedictus, futuro ganhador do GP São Paulo (G1) em 1979, e o derby-winner, tanto do Rio quanto de São Paulo, Agente (Nermaus), do Haras João Jabour, completando o marcador. Também correram Serxens (Brecher), campeão do Gran Premio Nacional (G1), em Palermo, El Muñeco (Utopico), posteriormente campeão do Gran Premio Carlos Pellegrini (G1), então na areia e em três mil metros, Donética (Major’s Dilemma), do Haras Malurica, vencedora do GP OSAF (G1), e, no ano seguinte, do GP São Paulo (G1), Janus II (Pardallo), de Fazenda Mondesir, vencedor do GP Brasil (G1), do ano anterior, e campeão também do Gran Premio Jose Pedro Ramirez (G1), em Maroñas, e Arnaldo (Tang), do Haras Tibagi, derby-winner carioca de 1975. Foi um campo dos mais seletos e rigorosos da história da prova.
O brilhante ganhador foi impecavelmente apresentado por Wilson Pereira Lavor (em sua primeira das duas vitórias no Brasil, depois venceu com Troyanos, do Haras Santa Maria de Araras, em 1989), e maravilhosamente dirigido por Edson Ferreira, novamente campeão de nossa grande prova em 1988, com Carteziano (Waldmeister), de José Carlos Fragoso Pires Jr.
Um filho do grande Sabinus e Darsena, por Polyway, o castanho Daião nasceu em 23 de agosto de 1973, criação e propriedade do Haras Serra dos Órgãos, tendo como titular o turfman Amílcar Turner de Freitas (na época, em parceria com Bertrand Joachin Kauffmann).
Daião conquistou três semanas antes do Brasil, em grande estilo, o Grande Prêmio Dezesseis de Julho (G2). Em 1978, tentou o bicampeonato do GP Brasil, mas finalizou na quarta colocação. O vencedor foi o ótimo Sunset (Waldmeister), de Fazenda Mondesir. Atuou, também, uma vez na Argentina, na areia de Palermo, terminando em sexto nos três mil metros do GP Carlos Pellegrini (G1), de 1977, vencidos pelo citado El Muñeco (Utopico). Foi igualmente segundo para Toreador (Fort Napoléon), dos Haras São José e Expedictus, que, por sinal, correu o mesmo Brasil, no Grande Criterium, o Grande Prêmio Linneo de Paula Machado (G1), e para Tonka (Locris), campeão, também em 1977, do Grande Prêmio Presidente da República (G1), a milha internacional, no Grande Prêmio Conde de Herzberg (G2), o Criterium de Potros.
A Prova Especial Daião será a atração maior da jornada de domingo no prado carioca e será disputada por seis potros de 3 anos, na distância de 1.400 metros, pista de areia. Eis os inscritos: Best From Intimate (Stud C.H.A.); Catch A Flight (Haras Santa Maria de Araras); Bear (Stud Araré); Baadass (Haras Santa Maria de Araras); Ponto Pacífico (Ronaldo Cramer Moraes Veiga); e Bonsai (foto) (Stud Alvarenga).
por Fernando Lopes com Assessoria da Gerência de Turfe