Conforme já abordei em artigo intitulado Circuito das Longas Distâncias, o criador Lineu de Paula Machado instituiu a Taça Quatí, um conjunto de 8 páreos ao longo de um ano, em distâncias que vão de 2.800 a 3.500 metros. Em sistema de pontuação, o criador patrocina um prêmio de dez mil reais ao ganhador, um grande incentivo àqueles cavalos que não tem todas as adequadas oportunidades nas normais chamadas clássicas ou não. Não são, em princípio, páreos para os líderes de geração ou ganhadores de grupo, são oportunidades para os fundistas em geral. A grosso modo e de um modo geral, há páreos eliminatórios em todas as semanas, provas de pesos especiais e handicaps em muito menor número, provas especiais, praticamente uma por semana, como também clássicos e provas de grupo. Mas o enfoque maior fica por conta de páreos em distâncias curtas e médias, e as de distâncias maiores quase sempre são operadas aos animais da primeira turma. Isso, de modo geral. A Taça Quatí veio suprir um espaço importante, e que, por que não dizer, natural.
Quatí era o nome de um cavalo alazão grande e possante, da criação do Haras São José e Stud Linneo de Paula Machado, que à sua época levava gente ao prado da Gávea para vê-lo correr. Era forte, valente e lutador, corria de 1.000 a 3.000 metros, sempre na esfera clássica. Correu 4 vezes o Grande Prêmio Brasil, não ganhou, mas chegou colocado todas as 4 vezes. Grande, manso, forte, versátil, lutava do princípio ao fim. Era chamado carinhosamente de Gigante Dourado. Era um programa, especialmente, prazeroso ir às corridas quando Quatí ia correr.
Lineu de Paula Machado, o Lineuzinho, o patrocinador da Taça, não chegou a vê-lo correr, o cavalo era da época do pai dele, Lineu Eduardo. Mas muitas histórias o Lineuzinho deve ter ouvido, e a escolha do nome, para um circuito de longas distâncias, que além de boas capacidades pulmonares e cardíacas, exime espírito de luta e força para suplantar o cansaço, ficou bem com Quati. É isso que simboliza a Taça Quati, são as qualidades especiais que tornam o cavalo de corrida como a mais nobre raça dos equinos.
O vencedor da Taça Quatí de 2012 foi Olympic Leader, com 42 pontos, seguido por Umbú (34 pontos); Le Kinoplex (26), Il Mago (21) e Decrire (11), esses os cinco primeiros colocados.
A pontuação das provas especiais e do Clássico Derby Club (listada, foi pela ordem do 1º ao 5º, 8–6-4 2-1).
A do G.P. Associação Brasileira, Grupo II, foi pela ordem: 12–8–6-4–2.
O brilhante vencedor da Taça Quati-2012, foi Olympic Leader, filho de Know Heights em égua por Ghadeer, de criação do Haras Mondesir. Ele foi comprado em um páreo de claiming, pelo Stud Wall Street, e levado para as distâncias maiores em função de suas naturais aptidões, por ter excelente pedigree, e de sua sanidade física, chegando ao seu natural patamar de provas de longas distâncias, mostrou-se o melhor da Taça Quati. As perspectivas de Olympic Leader para 2013 são naturalmente boas. Como é um animal são e saudável, terá a Taça Quati-2013 como meta. São mais de 8 provas, em distâncias a ele adequadas.
Parabéns à Fazenda Mondesir, ao Stud Wall Street, e principalmente a Lineu de Paula Machado, o Lineuzinho.