No domingo, 08 de dezembro, o Jockey Club Brasileiro, homenageia, mais uma vez, o criador Júlio Cápua. Homem que enxergava além, Cápua foi o 1º a construir um Centro de Treinamento na serra fluminense. No ano de 1958, em terras de sua propriedade, na serra, localizada no Vale do Cuiabá, Itaipava, Petrópolis, instalou a princípio o Haras Vale da Boa Esperança e, em seguida, de forma pioneira, o Centro de Treinamento Vale da Boa Esperança.
Os resultados advindos das vantagens do treinamento na altitude – clima ameno, água mineral da melhor qualidade, melhor e mais rápida recuperação dos animais que desciam para correr, aumento e melhoria das taxas sanguíneas -, aliados a uma pista sempre considerada uma das melhores da serra, chamaram a atenção dos grandes proprietários que vieram, tempos depois, a instalar seus animais em outros CTs, também localizados na região serrana do Rio de Janeiro.
Quanto à formação do seu plantel, cujos animais envergavam nas pistas a farda branco, mangas azuis e boné encarnado, hoje defendida pelos animais de Fazenda Mondesir, Cápua contava com a orientação da Agence Flying Fox, da França.
– Da criação de Marcel Boussac, Julio Cápua trouxe da França o cavalo Amphis, que deixou apenas uma geração no Brasil. Entre os produtos nascidos, veio Hyperio (Zabaglione – GB), que teve excelente desempenho nas pistas (ganhador do GP Outono, então 1ª prova da Tríplice Coroa de Produtos – 1960) e quando ingressou na reprodução produziu o fenômeno Sabinus (foto) (Truite – FR), que venceu o GP Cruzeiro do Sul em 1968 e veio a ser o pai, entre outros, de Daião (ganhador do GP Brasil – G1) e do Tríplice Coroado Old Master (Ice Queen), este, um pai de Bold Master (Ivette Bay), ganhador do GP Joceky Club Brasileiro (G1). Uma sequência rara no turfe mundial – HYPERIO – SABINUS – OLD MASTER – BOLD MASTER.
– O garanhão Sancy, outro da criação Boussac, com Pastorella, produziu Parnaso, vencedor do GP Jockey Club Brasileiro de 1969 e com Sumision, o castanho Scipion, ganhador no Brasil e nos EUA.
– Rieck (foto) (Le Pacha) finalizou em quarto no GP Brasil de 1952, vencido em recorde por Gualicho e, na reprodução, com Bold Molly produziu Ribol e Robie, que formaram dobradinha nos 2.000 metros do GP Presidente Vargas. Ribol ganhou, também, o GP Conde de Herzberg.
da Redação com assessoria da Gerência do Turfe