Um dos titulares do Stud Smurfs, o turfista Ivo de Souza e Silva Junior é o convidado desta semana na coluna de entrevistas do site do Jockey ClubBrasileiro, Papo de Turfe.
Como o turfe entrou em sua vida?
Ivo: Mais ou menos em 1976, com meus amigos da família França, que possuía animais correndo aqui na Gávea e vinha assistir as corridas. Peguei gosto e nunca mais abandonei, já fazem aproximadamente 36 anos de amor ao turfe.
O que as corridas de cavalos representam para você?
Ivo: Uma terapia. Toda a emoção que gira em torno das corridas e o encontro com amigos verdadeiros, aliados a graça de saber perder, tornam o turfe um esporte incrível.
Quais são melhores cavalos/éguas que já viu correr?
Ivo: Foram vários nestes anos todos, mas vou destacar alguns: Itajara, FlyingFinn, Riboletta, Emerald Hill e agora o Plenty Of Kicks (invicto na grama e possível tríplice coroado).
Cavalo/égua mais bonito que já viu?
Ivo: Dos animais que tive o prazer de ver, o Itajara foi o que mais me chamou a atenção.
Melhor animal de sua propriedade e/ou criação?
Ivo: Tivemos dois que considero ótimos corredores: Notondo, vencedor de nove carreiras, e Baronetti, que conquistou quatro vitórias, inclusive um G3, e se colocou ainda 14 vezes na esfera clássica.
Quais jóqueis fazem a diferença?
Ivo: Hoje, somente o Ricardinho. Mas, Juvenal, Goncinha e o gênio Alex Mota foram fantásticos.
Quais os melhores treinadores em sua opinião?
Ivo: Antes, João Luiz Maciel e Ernani de Freitas. Hoje, Adriano Lobo, CosminhoMorgado Neto e o “Alemão”, Júlio Cesar Sampaio.
Melhores garanhões da atualidade no turfe nacional?
Ivo: Na minha lista, o primeiro nome, com destaque, é o Crimson Tide, que gerou o Plenty Of Kicks, entre tantos outros bons corredores.
Melhores garanhões da história do turfe brasileiro?
Ivo: Roi Normand, que para o nosso stud tem uma importância muito grande, pois é pai tanto do Notondo como da Baronetti.
Seu momento inesquecível no turfe?
Ivo: A vitória da Baronetti no Grande Prêmio Mario de Azevedo Ribeiro (G3), com o Alex Mota fazendo um sinal de positivo ao cruzar o disco. Outro momento marcante foi uma colocação do Notondo, no GP Presidente da Republica (G1), em São Paulo.
Algum páreo marcante?
Ivo: A derrota do Baronius no “Brasil” 1980, onde, o mesmo apanhou a reta toda dos jóqueis de Dark Brow e Big Lark, que eram do mesmo proprietário. Eu assisti a corrida na tribuna dos profissionais e vi quando Baronius passou por mim deixando a pista com um olho sangrando.
Qual foi sua maior tristeza com cavalos?
Ivo: Quando perdemos um cavalo nosso na raia. Realmente é um momento muito triste.
O que espera do turfe brasileiro nos próximos anos?
Ivo: O impossível, união entre situação e oposição com o único intuito de encontrar ideias e soluções reais para o renascimento do turfe no Brasil.
O que você diria para um novo proprietário que está começando a investir em cavalos de corrida?
Ivo: Que não existe emoção maior. E, olha que frequento o Maracanã desde 1972, onde estive nas finais de todos os seis títulos brasileiros do meu Flamengo.
Por Celson Afonso
Fotos: Gerson Martins
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