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PAPO DE TURFE – Sérgio Livramento

Titular do tradicional Stud Turfe, Sérgio Livramento é o convidado especial desta semana na coluna de entrevistas do site do Jockey Club Brasileiro, Papo de Turfe.

Como o turfe entrou em sua vida?
SL: Em um domingo de 1953, pelas mãos do meu tio Brigadeiro Anibal Amazonas Rebello, juntamente com meus primos, fui passar uma tarde no Jockey Club e não mais deixei de frequentá-lo. O meu primeiro cavalo, Gaypió, foi um presente dado pelo titular do Stud Pharas, Sr. Paulo Rodrigues de Souza, pai do queridíssimo Beto.
O que as corridas de cavalos representam para você?
SL: Emoção e paixão.
Quais são melhores cavalos/éguas que já viu correr?
SL: Tive a sorte de ver muitos, os que se destacam são Itajara, Escorial, Falcon Jet, Flying Finn, Sandpit, Emerald Hill, Virginie, Be Fair e Verinha.
Cavalo/égua mais bonito que já viu?
SL: Indian Chris e Verglas.
Melhor animal de sua propriedade e/ou criação?
SL: O melhor cavalo que já tive foi o Oberthal, que chegou a ganhar 12 vezes, e a melhor égua, Bárbara do Truc, que acabou de obter, aos quatro anos de idade, a sua quinta vitória em 15 apresentações.
Quais jóqueis fazem a diferença?
SL: Dos que vi montar, os melhores foram Goncinha, Juvenal e Ricardo.
Quais os melhores treinadores em sua opinião?
SL: Do passado, Ernani de Freitas, Joãozinho da Limeira e Paulo Morgado. Atualmente, Guignoni, Nahid e Minetto.
Melhores garanhões da atualidade no turfe nacional?
SL: Know Heights, Wild Event, Put it Back, Clackson e Roi Normand.
Melhores garanhões da história do turfe brasileiro?
SL: Ghadeer, Formastérus, Swallow Tail, Fort Napoleon, Locris, Waldmeister, entre outros, foram importantíssimos para a criação brasileira.
Seu momento inesquecível no turfe?
SL: Quando um animal de minha propriedade cruza o espelho em primeiro lugar.
Algum páreo marcante?
SL: Quando os cavalos de minha criação, Saltimbanco e Squash, formaram uma dobradinha para o meu stud.
Qual foi sua maior tristeza com cavalos?
SL: Ver o cavalo Boticão de Ouro, craque de sua época, ser sacrificado na raia, como também à notícia da morte do cavalo Grão de Bico, em acidente de transporte rodoviário.
O que espera do turfe brasileiro nos próximos anos?
SL: Que volte a ser o turfe pujante, que enchia às arquibancadas de aficionados.
O que você diria para um novo proprietário que está começando a investir em cavalos de corrida?
SL: Que seja cauteloso, procurando se aconselhar com os bons profissionais da área, de modo que suas aquisições tenham a chance de se transformar em vitórias. Ter sempre em mente, que chegar ao “winner circle” não é fácil, precisa concomitantemente de três elementos: investimento, conhecimento e sorte.

Por Celson Afonso – Fotos: Gerson Martins

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