Jovem treinador, Vitor Lahass é o primeiro profissional do turfe convidado para a coluna de entrevistas do site do Jockey Club Brasileiro, Papo de Turfe.
Como o turfe entrou em sua vida?
VL: Entrei por intermédio do meu pai que também é treinador (O.J.M.Dias)
O que as corridas de cavalos representam para você?
VL: Além de minha profissão é uma verdadeira paixão poder ser profissional do turfe. Ter esse contato diário com os cavalos e conduzí-los ao disco em primeiro é algo inexplicável.
Quais são melhores cavalos/éguas que já viu correr?
VL: Alguns cavalos marcam época. Tive o prazer de ver correr as coroadas Be Fair e Virginie. O também coroado Super Power, o velocista Smuggler e o Furacão de Prata, o Quari Bravo. Poderia citar tantos outros… Mas esses são animais de exceção que pude ver correr.
Cavalo/égua mais bonito que já viu?
VL: O Stud Michelle & Priscilla tinha aos cuidados do meu pai um potro que se não viesse a “chiar” tanto, seria um cavalo de uma campanha espetacular. Chamava-se Public Eyes. Acredito que esse tenha sido o mais bonito.
Melhor animal de sua propriedade e/ou criação?
VL: Em minha novata farda só corri duas éguas até hoje. Dancing Buck e Maria Duda. Dancing Buck não confirmava o que trabalhava nos matinais, mas a Maria Duda mesmo com tantos problemas locomotores ainda deu a alegria de ganhar.
Quais jóqueis fazem a diferença?
VL: O gênio Ricardo está em outro patamar. Mas, gosto muito do Carlos Lavor que também é um “monstro”. D. Duarte, cada vez mais experiente, e V. Borges que está desequilibrando.
Quais os melhores treinadores em sua opinião?
VL: O meu pai, meu mestre, sem dúvida! Porém, claro que aprecio e procuro aprender vendo outros grandes treinadores como Venâncio Nahid, Dulcino Guignoni e Alcides Morales.
Melhores garanhões da atualidade no turfe nacional?
VL: Wild Event e Crimson Tide.
Melhores garanhões da história do turfe brasileiro?
VL: Roi Normand, Ghader e Clackson.
Seu momento inesquecível no turfe?
VL: A minha primeira vitória como treinador com o Redford, do Stud Amigos da Barra.
Algum páreo marcante?
VL: Meu pai treinava o Gault-Millau e havia nessa época muitos velocistas de primeira. A vitória do Gault-Millau para cima do Smuggler foi incrível!
Qual foi sua maior tristeza com cavalos?
VL: Como profissional ver um animal se lesionar é muito triste. Tinha um potro ótimo aqui na Gávea, do Michelle e Priscilla, Público e Notório, e o titular resolveu levá-lo para o Centro de Treinamento. Um mês depois o cavalo desceu com fratura no boleto. Ainda tentamos recuperá-lo, operando-o, todavia, ele não resistiu à anestesia.
O que espera do turfe brasileiro nos próximos anos?
VL: Oportunidades!
O que você diria para um novo proprietário que está começando a investir em cavalos de corrida?
VL: Que procure um bom profissional para orientá-lo e que haja sempre confiança e cumplicidade!
Por Celson Afonso – Fotos: Gerson Martins
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