Égua das mais regulares de sua geração Lady Rose, praticamente de ponta a ponta, dominou os 2.000 metros, grama pesada, com sete metros de cerca móvel, da versão 2023 do Grande Prêmio Duque de Caxias (G2). A carreira, uma homenagem do JCB ao patrono do Exército Brasileiro, foi a atração central da chuvosa jornada do domingo, 27 de agosto de 2023, no Hipódromo da Gávea.
Fazendo valer a baliza um, Lady Rose saiu na dianteira. Is Not The End logo colocou-se ao lado da ponteira. Rennes, Austera Soy e Lah Lah Lah vinham próximas às duas primeiras. Afastada, Therese Helene encerrava o lote. Lady Rose e Is Not The End galopavam na frente, sempre com a defensora dos Stabile mais fácil – na grande curva, Leandro olhou por debaixo das pernas para cuidar da favorita Rennes.
Na hora decisiva, convidada por Leandro Henrique – perfeito no dorso da vencedora -, Lady Rose desvencilhou-se de Is Not The End e abriu vantagem na liderança. Rennes não animava, assim, como Austera Soy. Lah Lah Lah apresentou-se com boa ação pelo meio, passou para segundo, mas em nenhum momento ameaçou o firme triunfo conquistado por Lady Rose, em seu batismo nobre. Austera Soy, Therese Helene e Is Not The End completaram o marcador. Rennes decepcionou por completo, fechando a raia.
Trazida de Friburgo, do CT Lost Love, Lady Rose é uma filha de Drosselmeyer e Name Of Rose, por Clackson, criada pelo Haras Anderson e defensora do Stud Pedudu. A ganhadora parou os relógios em 2min13s06.
CURIOSIDADES:
– Carreira tradicional do calendário carioca, a homenagem do JCB ao patrono do exército brasileiro é realizada desde 1979.
– A vitória em 2022 foi a primeira de High Wire para o Stud HRN, adquirida poucos meses antes ao Stud Mendonça, do turfman tricolor Jorge Mendonça.
– A edição de 2021, vencida por Casa Branca (Stud Santa Maria), foi a única das 44 versões do GP Duque de Caxias disputada em 1.600 metros, grama. Em todos os outros anos a carreira realizou-se na distância dos 2.000 metros, sempre na pista de grama.
– Grand Amiga (Haras Cifra), em 2019, proporcionou a Bruno Queiroz – agora trabalhando no turfe de Cingapura – sua primeira conquista em prova de Grupo no turfe carioca.
– Com cinco vitórias, Gonçalino Feijó de Almeida é o jóquei com o maior número de triunfos no GP Duque de Caxias: Ujica (Stud Valley of Princess); Zalb (Fazenda Mondesir); Babillard (Fazenda Mondesir); Sotheby’s (Eduardo Pessoa Naufal); e Honey Chris (Fazenda Mondesir).
– Entre os treinadores, Cosme Morgado Neto e Dulcino Guignoni, ambos com cinco conquistas, são dominantes.
Cosminho venceu com: Stratas (Haras Ponte Nova –1993); Lindezza (Haras Santa Ana do Rio Grande – 1995); Brunhilde (Haras Tributo À Ópera – 1997); Estrela Brynhild (Stud Estrela Energia – 2006); e Mee (Stud LECCA – 2010).
Guignoni ganhou através de: Vitalina (Stud Boa Vista da Gávea – 1997); Tale e Quale (Haras São José da Serra – 1999); Hilaris (Coudelaria Jéssica – 2008); La Française (Stud Azul e Branco – 2012); e Sutil (Haras São José da Serra – 2013).
Veja, abaixo, as mais recentes vencedoras do “Duque de Caxias”, antes de Lady Rose
2022 – High Wire – V.Gil/ L.Esteves – Stud HRN
2021 – Casa Branca – B.Queiroz/ C.Oliveira – Stud Santa Maria
2020 – Mais Que Bonita – H.Fernandes/ L.ESteves – Stud Eternamente Rio
2019 – Grand Amiga – B.Queiroz/ B.Piovesan – Haras Cifra
2018 – Future Queen – M.Gonçalves/ C.Oliveira – Haras Santa Maria de Araras
2017 – La Vie En Rose – Jeane Alves/ T.Haidar – Neverending Stud
2016 – Energia Halo – M.Gonçalves/ L.R.Feltran – Black Opal Stud
2015 – Dona Flor – B.Reis/ L.R.Feltran – Haras Santa Maria de Araras
por Fernando Lopes – fotos: Sylvio Rondinelli