Titular da Coudelaria Barcelona, Luiz Antônio Monteiro, é o convidado especial desta semana do Papo de Turfe, coluna de entrevistas do site do Jockey Club Brasileiro.
Como o turfe entrou em sua vida?
LAM: Comecei a acompanhar as carreiras em 1967, quando ainda morava perto da Praça General Osório. Tinha uma turma de amigos, liderada pelo ex-prefeito e turfista Cesar Maia, que ia assistir as corridas no Hipódromo da Gávea. Ficávamos na tribuna especial e depois dos páreos sempre rolava uma resenha na praça. Em 1970 ganhei de presente do Dr. Armando Rodrigues Carneiro, criador do Haras Nacional, um animal chamado Sargo, criado pelo Júlio Cápua, e, em sociedade com o Armandinho e com o Celso, filho do Mario CT, criamos o Stud Hudson.
O que as corridas de cavalos representam para você?
LAM: Uma grande alegria. E o bem maior que o turfe me trouxe, sem duvida, foram os amigos que fiz nestes quase 45 anos.
Quais são melhores cavalos/éguas que já viu correr?
LAM: O melhor foi o Itajara. Mas gostava muito também do Much Better, do excelente milheiro Quartier Latin, Virginie, Emerald Hill e Elamiur, que foi uma égua sensacional.
Cavalo/égua mais bonito que já viu?
LAM: Sandpit e Much Better me enchiam os olhos.
Melhor animal de sua propriedade e/ou criação?
LAM: Stockholder e Aye Lad.
Quais jóqueis fazem a diferença?
LAM: Ricardo, Mazini, Dalto Duarte e o Luiz Duarte. Das gerações passadas, o Luiz Rigoni.
Quais os melhores treinadores em sua opinião?
LAM: Meu guru é o Guignoni e respeito muito também o Venâncio Nahid. Dos mais antigos, Ernani de Freitas.
Melhores garanhões da atualidade no turfe nacional?
LAM: Crimson Tide, que ontem (12/02) voltou a mostrar o seu potencial com o Plenty Of Kicks, Wild Event e Redattore.
Melhores garanhões da história do turfe brasileiro?
LAM: Fort Napoleon, que tive a chance de ver vivo, aos 33 anos, no Haras São José, com o Lineuzinho; Felício e Waldmeister.
Seu momento inesquecível no turfe?
LAM: Foi inesquecível assistir a vitória do Duraque no GP Brasil de 1967, com Antônio Ricardo, ganhando para cima do excelente argentino Tagliamento.
Algum páreo marcante?
LAM: A vitória do Aye Lad no “Delegações Turfísticas” em Cidade Jardim. Foi um páreo incrível, de matar a gente, uma direção iluminada do Luiz Duarte.
Qual foi sua maior tristeza com cavalos?
LAM: Graça a Deus não tive nenhuma tristeza com cavalos.
O que espera do turfe brasileiro nos próximos anos?
LAM: Visando o aumento do MGA, acredito que seria muito bom se as diretorias dos Jockey Clubs criassem novas modalidades de aposta, com premiações altas, como acontecia com a extinta Quinexata. Isso, como no passado, atraí o apostador aos hipódromos. Talvez um entendimento com a Caixa Econômica Federal pudesse trazer de volta o Sweepstake para trazer um novo publico aos hipódromos.
O que você diria para um novo proprietário que está começando a investir em cavalos de corrida?
LAM: Tem que ir a leilões, adquirir animais, com a supervisão de um bom treinador e ter paciência, que os resultados aparecem.
Por Celson Afonso – Fotos: Gerson Martins
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