Uma das personalidades mais queridas entre proprietários e profissionais do Hipódromo da Gávea, Carlos Beloch, titular do Stud BPM Giants, é o convidado especial desta semana na coluna de entrevistas do site do Jockey Club Brasileiro.
Como o turfe entrou em sua vida?
CB: O GP Brasil de 1960 foi o início de tudo. Aos 13 anos meu tio, que era um grande turfista, me levou para assistir a maravilhosa vitória do grande Farwell.
O que as corridas de cavalos representam para você?
CB: As corridas para mim, e principalmente os cavalos, representam o meu maior prazer em termos de diversão e conquistas. Cada vitória de um animal de minha propriedade torna-se fonte de grande prazer e alegrias.
Quais são melhores cavalos/éguas que já viu correr?
CB: Dentre tantos que eu vi correr vou citar seis cavalos e seis éguas. Entre os cavalos, Escorial, Farwell, Boticão de Ouro, Much Better, Sandpit e Itajara, sem dúvida o melhor de todos. Em relação às éguas, Off The Way, Emerald Hill, Immensity, Anilité, Virginie e Celtic Princess.
Cavalo/égua mais bonito que já viu?
CB: Eu gosto tanto do Itajara por ter sido o melhor, que automaticamente se torna o mais bonito. E das éguas a Immensity.
Melhor animal de sua propriedade e/ou criação?
CB: Considero dois animais de minha propriedade: Quelf, uma filha de Clackson que ganhou o GP Oswaldo Aranha em 1990 e havia tirado segundo no Diana com uma derrota incrível. E outro que eu amava era o Ange Gardien, um lindo filho de Millenium que proporcionou a primeira vitória clássica ao Marcello Cardoso, na época ainda aprendiz de primeira.
Quais jóqueis fazem a diferença?
CB: Os que fizeram a diferença foram Rigoni, Irigoyen, Antonio Ricardo, Juvenal e Goncinha. Os que fazem atualmente são Ricardinho (Hors Concours), Dalto Duarte e Marcos Mazini.
Quais os melhores treinadores em sua opinião?
CB: O grande mestre Seu Nonô (Ernani de Freitas) e Venâncio Nahid.
Melhores garanhões da atualidade no turfe nacional?
CB: Wild Event e Crimson Tide.
Melhores garanhões da história do turfe brasileiro?
CB: Fort Napoléon, Waldmeister e Felício.
Seu momento inesquecível no turfe?
CB: A linda vitória da minha Quelf no GP Oswaldo Aranha (G2).
Algum páreo marcante?
CB: Por incrível que pareça, o páreo que mais marcou foi o de Amadores em que o meu filho Bruno montou. Nunca suei tanto vendo uma carreira na minha vida.
Qual foi sua maior tristeza com cavalos?
CB: Tristeza com cavalos temos muitas, mas a grande mesmo foi a aposentadoria e morte precoce do fenômeno ITAJARA.
O que espera do turfe brasileiro nos próximos anos?
CB: Que o nosso turfe, assim como um todo, seja mais bem visto no âmbito internacional e que com a proximidade das eleições no JCB que todos tenham calma nas suas decisões. Que os sócios escolham bem o melhor nome e a melhor chapa para gerir o nosso clube nos próximos quatro anos.
O que você diria para um novo proprietário que está começando a investir em cavalos de corrida?
CB: Se você ama o cavalo PSI entre de cabeça. Se você não ama o PSI aproveite seus fins de semana para ir à praia.
Por Celson Afonso
Fotos: Arquivo pessoal e Gerson Martins