No domingo, 04 de fevereiro, o Jockey Club Brasileiro homenageia, mais uma vez, um dos melhores animais da história do nosso turfe, o craque Escorial. O Grupo 3, reunindo produtos de 3 anos e mais idade, na distância de 2.000 metros, na pista de grama, recebeu nove inscrições: Online e Jackson Pollock (os dois do Stud Verde); Oceano Azul (Haras Figueira do Lago); Callejero (Coudelaria Esmeralda); Olympic Laramie (Stud Happy Again); Quantify e Quasiment (ambos do Stud Red Rafa); Limeira (Stud Escorial); e London Moon (Haras Sweet Carol).
Nascido em 1955, criado pelo Haras Guanabara e de propriedade do Stud Seabra, Escorial era um filho de Orsenigo e Escoa, por British Empire e atuou por três temporadas nas pistas. Em sua estreia, no Hipódromo de Cidade Jardim, venceu uma carreira destinada a produtos inéditos, o Prêmio Raphael de Barros Filho. Na Gávea, em 1959, venceu os GGPPs Outono, Cruzeiro do Sul e Distrito Federal, tornando-se o quinto Tríplice Coroado do turfe carioca. Ainda em 59, finalizou em terceiro no GP São Paulo, para Atlas e Gaudeamus e levantou o GP Carlos Pellegrini, em San Isidro, na distância dos 3.000 metros, derrotando o também brasileiro Narvik, na primeira grande vitória internacional da criação brasileira.
No ano seguinte, conquistou os 2.400 metros o GP Internacional 25 de Mayo, também em San Isidro, superando o igualmente nacional Farwell e a segunda colocação no GP Brasil vencido pelo citado Farwell.
Após encerrar a sua campanha, em 1960 foi exportado para França, servindo como reprodutor até o início dos anos 70, quando foi trazido de volta para o Brasil e para o haras de seu nascimento e criação.
Em 23 saídas, Escorial obteve 11 vitórias, entre os 1.000 e 3.200 metros, cinco segundos e quatro terceiros, correndo sempre contra os melhores animais do turfe sulamericano sendo, sem dúvida, um dos maiores nomes da história do nosso turfe.
por Fernando Lopes com Assessoria da Gerência de Turfe – foto: Internet