O Jockey Club Brasileiro realiza na próxima segunda-feira, 11 de novembro, a 1ª edição do Grande Prêmio Guilherme de Freitas Penteado (G3), em 1.600 metros, pista de grama, reunindo competidores de três anos e mais idade. Estão anotados na carreira: Lake A Trojan (Stud Derby Sobralense); Moroccan (Haras Sweet Carol); Olympic North (Stud Slingerz Racing); Online (Stud Verde); Pleasant Prize (Fernando Fontes Monteiro); e Ramani (Stud Red Rafa).
Guilherme, um dos mais antigos proprietários, com animais defendendo a farda palha e boné preto desde 1938 – portanto seis anos após a fundação do JCB -, foi dono de animais como: Bil (1938); Amora (1941); Anira e Oasis (1943), Fulano e Hora Certa (1949) e muitos outros. Celestino Gomes e, depois, Paulo Morgado, foram seus treinadores. Tempos depois, em parceria com Jayme Augusto Calvet de Vasconcelos, Romulo Olivieri e Alistes de Mattos fundou o Stud Santo Inacio, que teve em Nermaus, ganhador do GP Linneo de Paula Machado e do GP Salgado Filho, ambos em 1968, seu maior destaque.
Juntamente com seu primo, Hernani de Azevedo Silva, presidente do Jockey Club de São Paulo, titular do Haras São Luiz e criador do supracitado Nermaus, fundou o Stud Brasil, composto pelos maiores proprietários do Rio de Janeiro e São Paulo, enviando para a Venezuela, na época uma porta de exportação para os EUA. O Stud Brasil venceu a estatística de proprietários da Venezuela e vendeu todos seus animais para proprietários venezuelanos e também americanos.
Guilherme de Freitas Penteado ocupou o Conselho Técnico do Jockey Club Brasileiro em 1956; depois, entre 1957 e 1963, integrou a Comissão de Corridas e ocupou a vice-presidência da CC no período de 1964 a 1971. Durante muitos anos, Guilherme foi o responsável pelos cavalos estrangeiros que vinham atuar no GP Brasil. Em 1971, quando era o possível candidato a sucessão de Francisco Eduardo de Paula Machado foi acometido de um infarte e juntamente com sua família, decidiu afastar-se do clube para cuidar de suas empresas antes de mudar-se para Londres e depois Paris.
Alegre, cordial, bem quisto por todos, dono de memória privilegiada e profundo conhecedor de tudo relativo ao PSI, Guilherme, que teve uma vida inteira dedicada ao turfe, num dia de corridas, no ano de 1993, veio a falecer nas Tribunas do Hipódromo da Gávea.
da Redação