Bloody Mary confirmou in totum a preferência do público apostador e, de ponta a ponta, dominou os 2.000 metros, grama macia, com 10 metros de cerca móvel, do Grande Prêmio Armando Rodrigues Carneiro (G3), conquistando a segunda carreira graduada de seu turf-record. O páreo, uma justa celebração do Jockey Club Brasileiro ao saudoso fundador do Haras Nacional, foi a principal prova da semana turfística no país e destaque da reunião do domingo, 22 de setembro, no Hipódromo da Gávea.
Fazendo valer a baliza um e aproveitando-se da ausência de uma competidora ligeira no campo, Bloody Mary assumiu o comando das ações antes mesmo da curva do campo do Flamengo. Quatá, Ruby Lane, Farrapa, Nice Dream e German Glory vinham a seguir. Sem ser incomodada, Bloody Mary galopava, puxando um train moroso na primeira parte do percurso. Com nenhuma mudança no panorama, Quatá, Ruby Lane, Farrapa, Nice Dream e German Glory eram as próximas. Na grande curva, o piloto de Bloody Mary deixou a castanha “andar um pouco mais rápido”. Quatá mantinha-se em segundo e, pelo interno da raia, Farrapa progredia.
No momento da decisão, Bloody Mary entrou absoluta na dianteira. Agora pela linha dois, três, Farrapa progrediu e passou por Quatá, tomando o segundo posto e deixando a rival “no quarto escuro”, atrás da ponteira e sem espaço para ser tirada para fora. Na frente, Bloody Mary, na tocada do bicampeão Henderson Fernandes, desvencilhava-se das rivais e rumava para o espelho. Quatá conseguiu caminho e livre e engrenou para cima de Bloody Mary. Porém, a favorita tinha reservas e chegou ao espelho com um corpo de vantagem sobre a sua companheira de Centro de Treinamento. Farrapa finalizou em terceiro, com Ruby Lane e Nice Dream no complemento do placar. German Glory fechou a raia.
O jóquei de Farrapa (Vagner Borges) reclamou contra o de Quatá (Leandro Henrique), pela segunda posição, mas a CC do JCB, rapidamente, confirmou o resultado de pista.
Trazida do CT Verde e Preto sob a responsabilidade de Luiz Claudio Costa (2º Gerente de Luiz Esteves), Bloody Mary é uma 4 anos, filha de Agnes Gold e Netherlands, por Point Given, de criação e propriedade da Fazenda Mondesir, um dos pilares do turfe nacional. Na sua terceira vitória – e, como dito na parte inicial do texto, a segunda nobre, a outra no Clássico Antonio Carlos Amorim (L.) -, Bloody Mary completou o percurso em 2min05s20.
VEJA A GALERIA DE IMAGENS DO GRANDE PRÊMIO ARMANDO RODRIGUES CARNEIRO (G3)
por Fernando Lopes – fotos: Sylvio Rondinelli