Após atuação discreta na 1ª Etapa da Coroa, numa pista pesada e largando pela baliza 12, Martin Luther King aprovou a subida de distância, largar pela pedra um e a raia leve para conquistar, de forma magnífica, o Grande Prêmio Francisco Eduardo e Linneo Eduardo de Paula Machado – Araras Blood & Power (G1), a a 2ª prova da Tríplice Coroa de Produtos do turfe carioca. A carreira, em 2.000 metros, grama, foi uma das melhores da reunião do domingo, 03 de março, no Hipódromo da Gávea.
Voltando para casa, de ônibus, após uma queda em Cidade Jardim, no sábado, Ivaldo Santana foi convocado para vir ao RJ montar Martin Luther King e Magnific Princess. E, como bem diz, Roberto Casella: O disco gosta do Santana!!! O bridão – que usou um chicote emprestado pelo recordista mundial de vitórias, Jorge Ricardo – esteve perfeito no dorso de Martin Luther King para dar um batismo nobre de classe ao castanho que, hoje, só defende as sedas de seu criador porque foi devolvido após adquirido em leilão. O turfe e suas histórias…
Perfeita apresentação de Christiano Oliveira em um dos poucos potros sob seu treinamento com a consagrada farda de Julio Bozano. Profissional dos mais dedicados e solícitos, Christiano merece o sucesso que alcança em sua profissão. Patrocinador da carreira, o Haras Santa Maria de Araras brilha em mais uma oportunidade com um G1 em seu rosário de vitórias importantes.
Ronigol e So Simple travaram intensa luta pelo primeiro posto durante grande parte do percurso. The Last Emperor, Martin Luther King, Keep Legendary e Mapa do Brasil eram os que corriam mais próximos dos dois primeiros, que seguiam “metendo patas”. Ungai Hai, Mãos Mágicas, Renewed Hope, Underpants, Moroccan, Strategic Spin, Rei da Brincadeira, Winstar Farm e Toque de Amor vinham depois.
Na reta, rapidamente Ronigol desvencilhou-se de So Simple e abriu vantagem na liderança, chegando a dar fila de que poderia vir até o disco, uma vez que os cogitados Mapa do Brasil, Ungai Hai, The Last Emperor, Keeo Legendary e Underpants não davam impressão de vir lutar pelo triunfo. Entretanto, Martin Luther King, muito bem trazido por Ivaldo Santana, engrenou, atacou Ronigol, dominou a situação e fugiu para o disco, conseguindo firme êxito. Ronigol fez corrida de luxo para formar a dupla. Tivesse floreado na parte inicial do percurso, jamais seria alcançado. Mapa do Brasil, Underpants e Moroccan fecharam o placar remunerado.
Um filho de Put It Back e Romany Queen, por Ghadeer, Martin Luther King chegou ao segundo êxito de sua campanha, sendo o primeiro clássico e logo de G1. O ganhador congelou os cronômetros em excelentes 1min58s98.
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por Fernando Lopes – fotos: Sylvio Rondinelli
