Riboletta, uma craque com o selo do Haras Santa Ana do Rio Grande » Jockey Club Brasileiro - Turfe

Riboletta, uma craque com o selo do Haras Santa Ana do Rio Grande

Levada a leilão, em junho de 1997, pelo Haras Santa Ana do Rio Grande, de José Carlos Fragoso Pires, Riboletta foi arrematada e, quem diria, revendida antes mesmo de ver uma pista de corridas. Assim, Riboletta mudou-se para a farda da Coudelaria Parlamento.

Filha de Roi Normand, reprodutor importado por Fragoso Pires, correu 11 vezes na primeira campanha entre a Gávea e Cidade Jardim. Ganhou cinco provas da programação clássica e colocou-se em outras seis. Desde cedo mostrou que corria muito.

Entre suas conquistas mais importantes, o GP Diana (G1), em Cidade Jardim, Riboletta venceu praticamente de ponta a ponta a prova que tradicionalmente consagra a melhor potranca de três anos de sua geração. Toda sua campanha brasileira foi orientada pelo treinador Luiz Sérgio Vianna.

A esta altura, já chamara a atenção dos compradores internacionais e as propostas começaram a chover. Mais dia, menos dia, ela iria deixar o turfe brasileiro. Era inevitável.

O treinador Bob Baffert convenceu Aaron Jones, um dos maiores proprietários do turfe americano, a pagar o preço e ficar com ela. Nos Estados Unidos, cresceu, amadureceu, tornou-se adulta. Quando mudou de treinador, de Baffert para o chileno Eduardo Inda, revelou-se um fenômeno: o primeiro animal da criação brasileira a receber, no ano de 2000, o “Eclipse Award” de melhor égua de idade da América. Com um detalhe: na pista de areia, onde atua a elite do puro-sangue inglês de corrida daquele país. Algo, sem dúvida, inédito para o Brasil.

Mas sua fama não parou aí: atravessou fronteiras e, nesse mesmo ano, foi eleita, na Europa como a “melhor égua de idade do mundo”.

A lista de vitórias no exterior passa pelos hipódromos de Santa Anita, Del Mar, Hollywood Park (Califórnia) e Belmont (Nova York). Impressionou principalmente pela forma como as obteve, largando na frente e chegando correndo, sua marca registrada. Foram cinco vitórias, todas em provas de Grupo I, as de maior peso e categoria do turfe internacional, as únicas que podem ser realmente chamadas de clássicas.

A melhor e mais decisiva vitória, porém, aquela que desfez qualquer dúvida acerca de seu excepcional talento, ocorreu no Beldame Stakes (Grupo I), 1.800 metros, areia, disputado no Hipódromo de Belmont Park. Praticamente trucidou a ganhadora do mesmo “Eclipse Award” de 1999, a grande campeã americana Beautiful Pleasure.

E foi com este impressionante cartel nas pistas que Riboletta, égua castanha, excepcionalmente forte, de aprumos perfeitos e expressiva cabeça, seguiu para a reprodução nos Estados Unidos.

Veja, abaixo, Riboletta vencendo o GP Mariano Procópio (G3), no Hipódromo da Gávea, em 21 de novembro de 1998.

Texto do saudoso jornalista e locutor oficial do JCB, Marco Aurélio Ribeiro, para o jornal O Globo, em janeiro 2007

GP Riboletta (G3), uma das atrações do próximo domingo

No próximo domingo, 04 de fevereiro, o Jockey Club Brasileiro volta a homenagear a craque Riboletta com uma prova nobre. Quatorze éguas de três anos e mais idade irão enfrentar os 1.200 metros, pista de grama, do GP Riboletta (G3), são elas: Behind Blue Eyes (Haras Santa Tereza do Bom Retiro); Estimate (Stud Sabiá); Kitesurf (Stud Guizé); Let Me Love You (Stud Eterno Amor); Lindsay Lohan e Magic For Happy (defensoras do Haras Santa Maria de Araras); Love Touch (Stud Eterno Amor); My Indie Heart (Rodrigo Ladeira Martins); Nati Storm (Stud H & R); People Ask (Haras Figueira do Lago); Quick Break (Stud Red Rafa); Robbie (Stud Best Friends); Sweet Yasmin (Coudelaria Baungarten); e Une Bonne Idée (Haras Doce Vale).

Da Redação – Fotos: Internet

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