O próximo domingo, dia 07 de abril, marca a disputa da mais icônica prova para os produtos de 3 anos do turfe, o Derby. A carreira, programada para as 16 horas e 05 minutos, terá transmissão ao vivo do Bandsports (Canais – 575 Claro/Net TV; 168 Oi TV; e 610 Sky TV).
O Grande Prêmio Cruzeiro do Sul (G1) – Araras Blood & Power, corrido na distância clássica da milha e meia, é realizado desde 1883 no Rio de Janeiro (somente não foi disputado em 1886 e também em 1966, nesta oportunidade quando se idealizou uma Tríplice Coroa Nacional, cuja ideia acabou não vingando).
A primeira edição foi no Prado Fluminense e a vitória ficou com Mascotte, de Manoel Ubelhardt Lemgruber.
A partir de 1932, com a inauguração do Hipódromo Brasileiro, na Gávea, o Grande Prêmio Cruzeiro do Sul recebeu o título de Derby e teve como seu primeiro ganhador Xenon, de Linneo de Paula Machado.
A prova celebra a excelência de qualquer geração e alguns dos maiores craques do turfe nacional que conquistaram a carreira: 
Mossoró (1933); Talvez (1941); Criolan (1942); Helíaco (1947); Quiproquó (1953); Timão (1956); Narvik (1958); Escorial (1959); Sabinus (1968); African Boy (1979); Dark Brown (1980); Old Master (1984); Grimaldi (1986); Itajara (1987); Flying Finn (1990); Sandpit (1993); Groove (1996); Super Power (2000); Coray (2001); Plenty Of Kicks (2012); Bal A Bali (2014); e Daffy Girl (2016).
Este ano um novo proprietário pode ser imortalizado como dono de um derby-winner. Entre os donos dos inscritos, quatro conhecem a honra de cruzar o disco em primeiro no Derby: o Haras do Morro (Raptor’s), portanto, o atual campeão da carreira; o Stud São Francisco da Serra (com o Tríplice Coroado Plenty Of Kicks); o Haras Santa Maria de Araras (Old Master – Tríplice Coroado; Daffy Girl; Cisne Branco; Fool Around; e Country Baby); e Haras Doce Vale (Sugar Daddy).
Conheça, abaixo, um pouco mais sobre os inscritos na 3ª Etapa da Tríplice Coroa de Produtos, que disputarão a tradicional carreira em 2.400 metros, na pista de grama do prado carioca e dará ao proprietário do vencedor um prêmio superior a R$ 75 mil – 40 mil da bolsa; 10.909,10 do ADDED; e 25 mil do patrocinador:
Martin Luther King (I.Santana (PR)/ C.Oliveira/ Haras Santa Maria de Araras) – Venceu o “Francisco Eduardo” em ótima lei. Não para de evoluir, tem aceitado muito bem os 400 metros a mais nos matinais e a pista leve lhe permite mostrar todo seu potencial. Deve ser o mais apostado e vai ao páreo com enorme chance.
Mapa do Brasil (V.Gil/ L.C.Costa (2º Gerente de L. Esteves)/ Haras do Morro) – Potro de ótimo poderio locomotor e muita regularidade. Quarto no Estado do Rio de Janeiro e terceiro no Francisco e Linneo Eduardo de Paula Machado, o castanho vai gostar do retorno ao governo suave de Valldinei Gil, que o conhece muito bem. Parece o maior inimigo do provável favorito Martin Luther King.
Underpants (W.S.Cardoso/ I.C.Souza/ Haras Doce Vale) e Uma Vez Flamengo (J.Ricardo/ V.Nahid/ Haras Doce Vale) – Bem balizado, Underpants fez bom quarto na 2ª Etapa e chega à milha com amplas possibilidades de levar o segundo Derby da gloriosa farda do saudoso Alfredo Grumser. Uma Vez Flamengo está em evolução, encara pela primeira vez a melhor turma de sua geração. Sua equipe (Ricardo e Venâncio) já venceu três vezes a prova em parceria (Gigli – 2002; License To Run – 2004 e Heroi do Bafra – 2006). Portanto, olho vivo com ele. Rateio alto possível.
Morroccan (L.Henrique/ Ad.Menegolo/ Haras Sweet Carol) – Chegou no marcador nas duas primeiras etapas. Tido em alta conta por seu staff, tem raça para chegar bem nos 2.400 e surpreender os mais cotados. Rival poderoso.
Ronigol (H.Fernandes/ L.C.Costa (2º Gerente de L. Esteves)/ Stud Verde) – Fez um corridaço no Francisco Eduardo, perdendo apenas para Martin Luther King. Melhorou demais com o aumento da distância. Repetindo o padrão da performance anterior, numa dessas, larga e toca o hino. Competidor fortíssimo.
Apolo Dez (W.Blandi/ J.C.Sampaio/ Stud São Francisco da Serra) – Um arenático fantástico. Abriu mão de correr o Latino (pela logística) e foi preparado para atuar no Derby. Sua performance contra alguns dos principais nomes nascidos em 2020, no gramado muito pesado, no Grande Criterium (filme acima), recomenda que ele seja observado com atenção. Está tinindo e seu staff muito confiante.
Renewed Hope (W.Xvier/ L.C.Costa (2º Gerente de L. Esteves)/ Stud Red Rafa) e Keep Legendary (A.Paiva/ R.Morgado Neto/ Stud Happy Again) correram abaixo do esperado na segunda prova. Seus responsáveis contam com suas reabilitações e não existe palco melhor para confirmar as expectativas que um Derby.
Riesling (A.Correia/ C.André/ Stud Best Friends); Mãos Mágicas (A.M.Souza/ F.Borges/ Lindstol Racing & Partners) e Pachacuti (A.Gulart/ L.C.Costa (2º Gerente de L. Esteves)/ Stud Bela Esperança) – Encaram parada duríssima e tentam surpreender os mais visados.
por Fernando Lopes – fotos: Sylvio Rondinelli & Arquivo JCB
