Titular do vitorioso Stud Amigos da Barra, Mauro Dias foi o convidado de dezembro de 2011 na antiga coluna de entrevistas do site do Jockey Club Brasileiro, Papo de Turfe.
Confira abaixo o bate-papo:
Como o turfe entrou em sua vida?
MD: Fui apresentado ao turfe há cerca de 10 anos pelo Mauro Andrade, que até então era jóquei. Compramos um cavalo chamado Xô-Telico, que venceu oito corridas para o Stud Rebeka. Na época, ainda não existia o Stud Amigos da Barra.
O que as corridas de cavalos representam para você?
MD: Um grande prazer. Assistir a vitória de um cavalo meu não tem preço. Também fico muito satisfeito por ajudar tantas famílias. Atualmente 13 treinadores estão cuidando dos nossos cavalos e tenho a noção exata de quanto eles precisam desse apoio. Fora tudo que gira entorno, desde os cavalariços, até os vendedores de ração.
Quais são melhores cavalos/éguas que já viu correr?
MD: Acompanho mesmo as corridas há cerca de sete anos, mas lembro muito bem do Quari Bravo. Também gostava muito de ver a Umaitá Hill e a Super Desejada em ação. Dos mais recentes sou fã do craque Desejado Thunder, do meu amigo Álvaro Novis.
Cavalo/égua mais bonito que já viu?
MD: Sem dúvida alguma foi o Quari Bravo, o famoso “Furacão de Prata”. Dos meus, o Silversmith, que, embora não tenha a categoria de um grande campeão, no quesito beleza não perde para ninguém.
Melhor cavalo de sua propriedade e/ou criação?
MD: Com certeza foi o Light Of Loose (na foto ao lado), afinal foram 21 vitórias para o Stud Amigos da Barra aqui na Gávea.
Quais jóqueis fazem a diferença?
MD: Sinceramente não tenho preferência. Deixo os treinadores à vontade para escolherem os jóqueis e simplesmente aceito.
E quais os melhores treinadores em sua opinião?
MD: Gosto muito de todos os meus treinadores. Mas não posso deixar de destacar o carinho especial que tenho pelo “seu” João Coutinho Filho. Que consegue conciliar a experiência de seus 84 anos com a vitalidade de um jovem. Com certeza um grande amigo e um ótimo profissional, dedicado demais.
Melhores garanhões da atualidade no turfe nacional?
MD: Gosto muito do Amigoni.
Melhores da história do turfe brasileiro?
MD: Como disse tenho pouco tenho de turfe e nesse período passei a admirar o Know Heights.
Seu momento inesquecível no turfe?
MD: A primeira vitória do Stud Amigos da Barra, com Frenetic (na foto ao lado).
Algum páreo marcante?
MD: Nenhum em especial. As vitórias do Light Of Loose foram emocionantes sem dúvida. Tinha um apreço muito grande pela Ranger Girl, por isso suas vitórias significaram muito também.
Qual foi sua maior tristeza com cavalos?
MD: Não tenho tristeza com cavalos. Sinto muito quando um cavalo sofre alguma lesão. Procuro tratar todos os meus cavalos como se fossem únicos. Se tiver que fazer alguma operação, algum tratamento, ainda que não possam correr mais, faço questão de tentar recuperá-los o máximo.
O que espera do turfe brasileiro nos próximos anos?
MD: Espero que essa nossa família do turfe siga valorizando o cavalo. Que siga acreditando, pois as corridas de cavalo vão voltar a ter seu espaço. Não podemos desanimar.
O que você diria para um novo proprietário, que está começando a investir em cavalos de corrida?
MD: Acho fundamental que não pense em apostas. Também é importante começar devagar, sem muita empolgação, pois “pato novo não mergulha fundo”.
Por Celson Afonso – Fotos: Gerson Martins