A inesquecível Virginie, Tríplice Coroada e invicta » Jockey Club Brasileiro - Turfe

A inesquecível Virginie, Tríplice Coroada e invicta

No domingo, 28 de janeiro,  em mais uma oportunidade, o Jockey Club Brasileiro homenageia a inesquecível Virginie, a invicta segunda Tríplice Coroada feminina do turfe carioca, com uma prova especial, em 2.000 metros, pista de grama, para potrancas de 3 anos, carreira preparatória para o GP Diana (G1), carreira vencida pela homenageada em 1997. 

São nove as potrancas inscritas:

Revoltada (Haras Di Cellius); Olympic New York (Haras Clark Leite); Mallabille (Stud Araré); Rosa dos Ventos (Alazão & Greco Stud); Uneasy Bikini (Haras Doce Vale); Olympic Nebraska (Stud H&R); Timetosetfire (Coudelaria Atafona); Bubble O’Gold (Haras Sweet Carol); e Rosa Cor de Rosa (Haras Figueira do Lago).

No Brasil, mais precisamente no Hipódromo da Gávea, sempre, a filha de Legal Case e Misty Moon, por Baronius, de criação e propriedade dos Haras São José & Expedictus, sempre montada por Carlos Lavor e contando com o preparo perfeito de Dulcino Guignoni, estreou em 20 de abril de 1997, numa eliminatória em 1.000 metros. Apesar da distância nem de longe ser a ideal, a craque já mostrou todo seu poderio locomotor e atropelou com disposição para derrotar 10 competidoras com muita facilidade. Private Star e So Cosas foram suas escoltantes. Depois, em 31/05/1997, inscrita diretamente no GP Francisco Vilella de Paula Machado (G2), o Criterium de Potrancas, em 1.500 metros, Virginie repetiu a dose e não deu confiança para suas doze rivais, deixando Hot Thong e Gomme D’Arabie em segundo e terceiro, respectivamente.

Virginie ficou quase quatro meses fora das pistas e reapareceu no GP Carlos Telles e Carlos Gilberto da Rocha Faria (G2), em 21/09/1997, em 2.000 metros, no gramado. Enfrentando apenas 6 rivais, Virginie derrotou suas rivais com extrema facilidade, com Verinha em segundo e Pappina em terceiro. Ainda em 1997, a superioridade de Virginie já espantava e apenas Hot Thong e Dear Rafaela alinharam junto com a castanha em 22/11, no GP Mariano Procópio (G3) e nessa ordem cruzaram o disco.

Chegada a hora da Tríplice Coroa, Virginie ia tentar igualar o feito de Indian Chris, de Fazenda Mondesir, até então a única tríplice coroada do turfe carioca. Em 15/02/1998, no GP Henrique Possolo (G1), na milha, doze concorrentes alinharam junto com Virginie e foram devidamente batidas. Valérie, Hot Thong, Annie Ross e Marne La Coquette completaram o marcador.

Exato um mês após conquistar a primeira coroa, em 15/03/1998, Virginie enfrentou sete competidoras no tradicional GP Diana (G1), em 2.000 metros, pista de grama, e mais uma vez mostrou sua superioridade. Acompanhando o páreo com muita facilidade na terceira colocação, a defensora da farda ouro e costuras azuis atropelou com vontade para conquistar o sexto laurel de sua campanha, sendo o quinto clássico e o segundo de G1. Vassy, Annie Ross, Marne La Coquette e Pappina chegaram a seguir.

A notar que nestas duas provas, os Mil Guinéus e o Oaks, ela foi secundada por potrancas também criadas pela família Paula Machado e defensoras das cores ouro e costuras azuis, respectivamente Valérie (Baynoun e Ferte Vidame, por Pharly) e Vassy (Livernon e Onça Negra, por Baronius).

No momento da consagração, Virginie, claro, não decepcionou e, em 12/04/1998 escreveu, como dissemos na condição de invicta, seu nome definitivamente na história ao conquistar com extrema facilidade o GP Marciano de Aguiar Moreira (G1), em 2.400 metros, terceiro e derradeiro obstáculo para a Tríplice Coroa de fêmeas. Com eventual de R$ 0,7, Virginie deixou Ask Ville na formação da exata. Marne La Coquette, Vassy e Vanusa fecharam o placar da última atuação da craque no país.

Nas pistas, a homenageada Virginie encantou a todos com sua classe, estampa e poder de aceleração que lhe fez conquistar sete vitórias, em igual número de saídas no país. Nos EUA Virginie correu quatro vezes e venceu o Beverly Hills Handicap (G1), em Santa Anita Park, sendo a primeira égua brasileira a conquistar uma prova de Grupo 1 nos EUA, além de obter dois segundos em provas de G2 (Santa Ana Handicap e Santa Barbara Handicap).

por Fernando Lopes com Assessoria da Gerência de Turfe – foto: Livro O Turfe no Brasil – Histórias e Vitórias

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