E as cores e o élévage Wertheimer, o jóquei Olivier Peslier e o treinador Carlos Laffon-Parias brilharam mais uma vez esta tarde e agora na grande prova do turfe mundial, os 2.400m do Prix de l’Arc de Triomphe (G1). Solemia, uma Poliglote e Brooklyn’s Dance, por Shirley Heights, daquele entourage, vinda de terceiro no Prix Vermeille (G1), de Shareta (Sinndar e Shawara, por Barathea), é mais uma vitória feminina no Arc.
Foi uma chegada emocionante e dramática com a égua, em arrepiante esforço, por pequena diferença, dominando, em cima do disco, o tríplice coroado japonês Orfèvre (Stay Gold e Oriental Art, por Mejiro McQueen), com Christophe Soumillon up (decepcionado após um páreo que, segundo ele, a 50 metros do disco final, estava ganho), preparado por Yasuoushi Ikee, propriedade de Sunday Racing Co Ltd, criação da Shadai Corporation Inc, que chegou a dar a nítida impressão que seria o mais do que firme vencedor, após correr entre os últimos e assim abordar a ligne droite quando trouxe então, por fora, um impressionante esforço. Para muitos, a baliza de largada (ele da 18, por fora de todos, ela da seis), somada ao estado da raia (apesar dele ter mostrado total adaptação), foi fatal para que o Sol Nascente não tivesse a sua tão esperada primeira vitória no Arc, uma vitória que nunca esteve tão perto.
Os dois chegaram vários corpos à frente dos outros. Mastersroke (André Fabre, treinador, Mickael Barzalona, jóquei, Godolphin SNC, proprietário, Darley, criador), um Monsun e Melikah, por Lammtarra, vindo de ganhar o Grand Prix de Deauville (G2), foi o terceiro a sete corpos. E o maior azar do páreo, Haya Landa (Mme. Audon, treinadora, Frank Blondel, o jóquei, Mme. Odette Fau, criadora e proprietária), uma Lando e Haya Samma, por Pivotal), a quarta.
A seguir, pela ordem, Yellow and Green, Great Heavens, Camelot (que nunca deu impressão mas, ao que parece, continuará a correr no próximo ano), Sea Moon, Shareta, Bayrir, St. Nicholas Abbey, Méandre, Kesampour, Mikhail Glinka, Saônois, Ernest Hemingway, Aventino e Robin Hood.
Esse foi o primeiro Arc de Parias, o quarto de Peslier (antes, Helissio, 1993, Peintre Célèbre, 1997 e Sagamix, 1998), e o terceiro da família Wertheimer e suas cores (antes, Ivanjika, 1976, e Gold River, 1981), todos os três com éguas.
A primeira avó de Solémia, Vallée Dansante (Lyphard e Green Valley, por Val de Loir), também criação Wertheimer, era irmã materna de Green Dancer (Nijinsky), campeão da Poule d’Essai des Poulains (G1) e do infelizmente extinto Prix Lupin (G1), para as memas cores, depois excelente garanhão. Seu pai, Poliglote (Sadler’s Wells e Alexandrie, por Val de l’Orne), também criação Wertheimer, ganhou o Critérium de Saint-Cloud (G1) e foi segundo no Prix du Jockey Club (G1), ainda em 2.400m, para Celtic Swing (Damister e Celtic Ring, por Welsh Pageant). Depois, veio servir como reprodutor na Argentina, retornando ao Haras d’Etreham em 2010. É o segundo filho de Sadler’s Wells (também pai de ganhador da prova de hoje), antes foi Montjeu, a dar um campeão, no caso, uma campeã, da maior prova do mundo. E, para completar, a mãe da inesperada campeã do Arc 2012 é exatamente a segunda avó de Silasol, a vencedora do Marcel Boussac algumas horas antes.
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O tempo foi de 2:37:68 (o pior desde 2000)
Da Gerência de Turfe
