O grande Monsun foi sacrificado ontem » Jockey Club Brasileiro - Turfe

O grande Monsun foi sacrificado ontem

Aos 22 anos, depois de um dolorosa enfermidade neurológica, foi sacrificado ontem no Gestüt Schlenderhan, do Barão Georg Von Ullmann, o notável reprodutor alemão (e chefe de raça), Monsun (FOTO), um filho do tríplice coroado Konigssthul e Mosella, por Surumu, criado no Gestüt Isarland.

Belo corredor nas pistas, bicampeão do Europa Preis (G1),  ganhador do Aral Pokal (G1), segunto tanto no Grosser Preis von Baden (G1) quanto no Deustches Derby (G1), para o brilhante Lando (Acatenango e Laurea, por Sharpman), levado para a reprodução, revelou-se um notável garanhão que veio a se transformar em um verdadeiro chefe de raça, o maior alemão de todos os tempos para muitos estudiosos.

Poderíamos citar uma infinidade de belos corredores e corredoras por ele produzidos e que vieram igualmente a se destacar como pais e mães (Schiaparelli, Getaway, Stacelita, Samin, Simoun etc…)mas preferimos ficar aqui com dois de seus maiores filhos (para muitos os dois maiores) que muito têm a ver com o Brasil.

O primeiro é Shirocco (e So Sedulous, por The Minstrel), igualmente criado pelo Barão Georg Von Ullmann, que há três anos serve entre nós na temporada sulamericana. Primeiro, em Bagé, trazido por um sindicato e sediado no haras Santa Ana do Rio Grande, depois, em Tijucas do Sul, ficando no Haras Santa Rita da Serra e, este ano, em São Paulo, no Haras São Quirino. Em sua notável campanha, levantou o Gran Premio del Jockey Club (G1), o Deustches Derby (G1), vingando o seu pai, a Breeder’s Cup Turf (G1), a Coronation Cup (G1) e  o Prix Foy (G2), duas vezes, entre outras provas.

O segundo é Manduro (e Mandellicht, por Be My Guest), criação de Rolf Brunner e defensor das cores do mesmo Barão Von Ullmann, que para o seu treinador, o grande André Fabre, foi o melhor animal que passou por suas mãos. Serviu entre nós na última temporada sulamericana, também sediado no Haras Santa Ana do Rio Grande,  trazido por um grupo de criadores com o Stud Capitão à frente.  Foi ele vencedor do Prix D’Ispahan (G1), do Prince of Wales’s Stakes (G1),  do Prix Jacques Le Marois (G1), do Prix d’Harcourt (G2) e, em sua despedida das pistas quando mancou pelo estado duríssimo da raia, do Prix Foy (G2), quando se preparava para correr o Prix de l’Arc de Triomphe (G1),  que acabou sendo levantado por Dylan Thomas (Danehill e Lagrion, por Diesis).

Ambos, por sinal, com suas primeira gerações européias, já mostrando virtudes como sementais para ajudarem a manutenção de seu extraordinário pai.

Por tudo, o turfe ficou mais pobre desde ontem.

Da Gerência de Turfe

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