Homenageado na denominação da principal prova da Copa dos Criadores ABCPCC, Matias Machline deixou legado dos mais vitoriosos ao turfe brasileiro. Principal obra de sua criação, o Haras Rosa do Sul teve histórico talhado por troféus e grandes conquistas.
Empresário bem sucedido (notabilizado, principalmente, pela posição de sócio fundador da Sharp), Machline – nascido em 1933 – estabeleceu bases de criação, de animais da raça Puro Sangue Inglês, nos municípios de Itatiba (São Paulo) e Piraquara (Paraná). Em provas de curtas e longas distâncias, disputadas nas pistas de areia ou de grama, sem distinção, o sucesso dos animais criados por Machline marcou, em definitivo, o turfe brasileiro.
Em 1980, o Haras Rosa do Sul conseguiu a proeza de vencer, com animais diferentes, as duas principais provas do país: o GP Brasil, com Big Lark, e o GP São Paulo, com Dark Brown. Um ano mais tarde, o mesmo Dark Brown venceu a primeira edição do Grande Prêmio Latinoamericano, no Uruguai. Met Blade, Kill Me, Meu Gaúcho, Blade Prospector e A Good Reason foram outros bem sucedidos corredores de sua criação. Criada pelos irmãos Seabra, porém na defesa da farda estampada pela rosa mais vitoriosa do turfe nacional, Emerald Hill conquistou a tríplice coroa´paulista da Éguas, em 1977, permanecendo como a última a fazê-lo até o ano de 2006 – quando sua descendente, Colina Verde, repetiu a conquista da terceira mãe.
Além da atuação nos campos brasileiros, Machline também criou uma seção argentina para o Haras Rosa do Sul, em Olavarría, na região metropolitana de Buenos Aires. Foi de lá que saiu, por exemplo, a campeã do GP São Paulo de 1996, Rafaga Sureña. Hoje, o imóvel dá lugar ao Haras La Providencia.
No ano de seu falecimento, em 1994, Machline passou a dar nome a uma das mais importantes provas do calendário turfístico brasileiro, que hoje compõe o Festival da ABCPCC: a Copa ABCPCC Clássica.
fonte: SITE DA ABCPCC