Garbosa Bruleur, uma das mais fantásticas corredoras brasileiras de todos os tempos » Jockey Club Brasileiro - Turfe

Garbosa Bruleur, uma das mais fantásticas corredoras brasileiras de todos os tempos

Nesta sexta-feira, feriado de 7 de setembro, o Jockey Club Brasileiro homenageia uma das maiores éguas de todos os tempos do turfe nacional, a alazã Garbosa Bruleur, com uma Prova Especial em 1.400 metros, pista de grama para éguas de 3 anos e mais idade. Estão anotadas seis competidoras que, pela ordem do balizamento, são: Caranna (Stud Golden Horses); Tina Collor (Stud Gold Horse); April Princess (Haras Anderson); Tanto Quanto (Stud Amigos da Barra); High Jinks (Coudelaria Jéssica) e Glorfindell (Stud São Francisco da Serra).

Criada pelo Haras Bela Esperança, de José Paulino Nogueira, e de propriedade de José Buarque de Macedo, Garbosa Bruleur foi batizada como Garbosa II, uma filha de Tintoretto e Lolilta, por Ksar. Estreou na Gávea aos dois anos, numa prova de turma, em 800 metros, com vitória fácil. Depois, venceu os Clássicos Paul Maugé, Barão de Piracicaba e Luiz Alves de Almeida. Aos 3 anos, reapareceu ganhando o GP Francisco Vilella de Paula Machado, em 1.500m, e GP Linneo de Paula Machado, em 2.000 metros, derrotando Halcyon e Holkar, poderosos defensores da família Paula Machado.

Já como Garbosa Bruleur, a popular Lourinha, continuou sua série de vitórias nos GGPPs Henrique Possolo (batendo Hainan e Helíada) e Outono (este a 1ª prova da Tríplice Coroa de produtos, quando dominou Holkar e Héreo). Venceu, ainda, os 2.400 metros do GP Marciano de Aguiar Moreira, chegando a nove carreiras de invencibilidade, com triunfos entre os 800 e 2.400 metros, na areia e na grama.

Em 1947, aconteceu um dos mais esperados confrontos da história do turfe, quando a invicta Garbosa Bruleur foi anotada no campo do Grande Prêmio Cruzeiro do Sul e iria enfrentar o também invicto e sensacional Helíaco. Com Luiz Rigoni mais uma vez em seu dorso – somente em uma das 17 atuações de Garbosa Bruleur, Rigoni não montou-a, no GP Diana, em que finalizou na terceira colocação para Tirolesa e Pewa, com Artur Araújo em seu dorso -, a égua não resistiu ao poderio locomotor do animal dos Paula Machado e terminou na terceira colocação, sendo batida também por Helíada. Uma exibição de gala de um corredor fenomenal que só viria a perder sua invencibilidade no GP São Paulo de 1947, quando Garbosa Bruleur lhe deu o troco do Cruzeiro do Sul, derrotando-o por um corpo e meio e assinalando o recorde dos 3.000 metros, para delírio da multidão que compareceu ao Hipódromo Paulistano.

Por Celson Afonso – Foto: Internet

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